Monday, April 30, 2007

CANYON DE XINGÓ - Um oásis em pleno sertão nordestino

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A construção da represa do rio São Francisco criou uma paisagem impressionante, dominada por águas verdes e rochas. De tão bonita, a gente até imagina que foi obra da natureza

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Uma fenda azul recortada por rochas acinzentadas é a primeira imagem que vê quem retorna de um mergulho no canyon do lago Xingó, no município de Canindé do São Francisco, em Sergipe. O pedaço de céu clarinho aparece entre as formações rochosas de arenito e granito, ao longo dos 60km² do lago Xingó. São pedras que parecem polidas à mão e, ao longo da margem, apresentam abóbadas naturais. No alto de uma dessas, está cravada a imagem de barro envernizada de São Francisco. Uma homenagem às águas do rio que leva o mesmo nome. O lago que virou um dos pontos turísticos do menor estado do país, é uma extensão do Â'Â'Velho ChicoÂ'Â'.
Há dez anos, o rio às margens de Canindé, distante 215km de Aracaju, capital sergipana, era seco. Até então, a região era coberta por vegetação típica do agreste. Mas, a necessidade de construir uma usina hidrelétrica no lugar exigiu a transformação da natureza. Assim, de julho a dezembro de 1995 fez-se o alagamento da região. O canyon do Xingó chega, em alguns trechos, a 120m de profundidade. Apesar da intervenção humana, em poucos tempo, a paisagem natural e o rio se entrosaram e não deixaram indícios de artificialidade.

Esse é um dos passeios prediletos dos visitantes de Sergipe. De lancha ou catamarã (tipo de embarcação que tem uma espécie de abertura no meio) é possível ter acesso aos lugares próprios para banho, onde a água verdinha brilha com os feixes de luz que as rochas deixam passar.

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Antes mesmo que os olhos possam vislumbrar a natureza, o clima é o primeiro indício de que se está bem longe da capital federal. Em Sergipe, o vento é quente, mas a umidade é alta, com média anual de 78%, 18 pontos a mais que em Brasília. Lá o sol queima de julho a março e, nos outros meses, as chuvas refrescam o agreste. A sensação de ar fresco fica mais forte, quanto mais perto do lago Xingó se está. No passeio de lancha, os respingos dÂ'água indicam uma velocidade apressada, dando a sensação de vôo baixo.
O mesmo percurso que leva à exploração das grutas altas do Canyon do Xingó, pode ser feito por Catamarã. Os barcos que chegam a carregar até 45 pessoas têm impacto menor que as lanchas sobre o meio ambiente. Além de não correram tanto, eles têm espaço suficiente para os turistas tomarem banhos de sol. Uma das atrações dessas embarcações é uma rede posicionada no meio do catamarã. Ela dá acesso direto às águas frescas do lago artificial. À medida que o barco anda, quem deita sobre as cordas bem entrelaçadas, tem a sensação de estar em uma potente ducha de hidromassagem.
No meio das pedras, quando a água do lago fica delimitada pelas rochas altas do lugar, os turistas podem descer dos barcos e nadar com a ajuda de bóias. O contato mais próximo com as grandes piscinas naturais apresenta mais uma das qualidades da região. A areia que desprende das formações arenito e granito impregnam a água com um cheiro bom, parecido com o do filtro de barro.

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Texto: http://www2.correioweb.com.br/cw/EDI...g_190602_2.htm

Com a construção da barragem da Usina Hidroelétrica de Xingó, originou-se um reservatório com 65 km de extensão em pleno semi-árido nordestino. As antes corredeiras do rio São Francisco deram lugar a águas mais calmas e navegáveis, possibilitando inesquecíveis passeios de catamarã, lancha ou escuna num labirinto de belíssimas formações rochosas, de 60 milhões de anos de existência, que infundem respeito e admiração em quem as contempla.

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O passeio de catamarã, que dura 3h, começa no restaurante Karranca's, ao lado do Dique II e segue pelo leito natural do rio, passando pelo lago Justino, nome de um morador local cujo sítio foi inundado com o enchimento da barragem.

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No percurso até a Gruta do Talhado, diversas formações rochosas chamam a atenção pela sua beleza: a Pedra da Águia cujo topo tem o formato da cabeça do animal e o Morro do Macaco, assim denominado porque antes do enchimento do reservatório, um bando de macacos-prego freqüentava o morro e costumavam jogar pedras nos visitantes. A Pedra do Japonês é uma bela formação rochosa que se assemelha ao rosto de um oriental, outra, a Pedra do Cruzeiro, parece com um homem montado em um cavalo.

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O canyon, formado por um vale profundo, apresenta extensão de 65 km e largura que varia entre 50 a 300 m. As rochas das encostas são de granito avermelhado e cinza, chegando a medir mais de 50m de altura. A vegetação é de caatinga rasteira, com uma fauna rica e variada, constando inúmeras espécies de répteis, insetos e aves.

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Os primeiros habitantes de Xingó chegaram na região há nove mil anos. Eram provavelmente grupos de caçadores e coletores, que ocuparam áreas identificadas hoje como terraços, atraídos pela fartura de água. Essa e outras informações foram possíveis graças ao projeto de salvamento realizado em Xingó de 91 até junho de 94, antes do enchimento da barragem.
O salvamento arqueológico da área a ser inundada pela barragem permitiu a identificação, sondagem e escavação de 28 sítios classificados como de acampamento, 11 classificados como habitação e dois considerados como de habitação e enterramento (São José e Justino), considerados os mais importantes. De todos esses sítios, foi recuperada uma expressiva coleção arqueológica de 7.802 peças líticas, 21.790 peças cerâmicas, mais de 20.000 restos faunísticos, 49 fogueiras e 191 esqueletos.
O resultado dessa pesquisa pode ser observado no Museu Arqueológico de Xingó - MAX, localizado em Canindé do São Francisco, que é dividido em módulos: material lítico, cerâmico, painéis de arte rupestre e enterramentos, além de exposições especiais abertas ao público.

Texto: http://www.caninde.se.gov.br/navigat...y=1008&area=48

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A hidrelétrica é dividida em 2 complexos com 12 comportas, ou seja 6 para cada uma, que servem como liberantes quando o nível da água estiver muito alta. A base da hidrelétrica possui 386m de largura, que vai se afinando até chegar ao topo com 12m, e possui 141m de altura, só que sua capacidade total chega até 138m devido a pressão. Tendo sua construção começada em 10/06/1987 terminando em 1997.
O início que cada turbina funcionou foi a 1ª em 94, a 2ª e 3ª em 1995, 4ª e 5ª em 1996 e a 7ª em 1997, e cada uma gera 500 MW, tendo um total de 3000 MW no final. E a energia produzida se dividem em Sergipe, Alagoas e Paulo Afonso.

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A energia produzida é feita por gravidade. Antes o percurso do rio era plano e para fazer a usina precisava de uma queda, então foi criado 4 Túneis dentro das rochas para desviar a água e começar a construção da barragem, para que assim houvesse a queda. Depois da barragem construída, e para chegar ao nível correto os engenheiros fecharam os 4 túneis, acabando com o rio formado após a barragem, que voltou seu curso normal, quando foi aberto o 1° túnel, após o nível da barragem ser atingido, revitalizando todo o curso do rio.

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Com a formação da barragem e o nível correto, a água desce por 6 canos largos que vai dar o impulso (por isso se diz que é de gravidade), a água, no qual baterá nas turbinas, fazendo-as gerar para formar energia, ou seja o ponto positivo girando, leva suas cargas para o lado negativo, onde os pólos são responsáveis pelo aumento da força conduzida para três transformadores monofásicos produzindo uma potência total de 3000 MW, dando uma volta total de 109,1 rpm (Rotação por Minuto).

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Fotos: algumas registradas por meu irmão; a maioria são do http://www.flickr.com

Mais Curiosidades:

A maior quantidade de impostos, são destinados à Sergipe, pois a usina encontra nesse estado.

Durante a construção da usina, houve um episódio em que os trabalhadores tiveram que salvar uma família de garças, devido a isso a mesma, ficou parada por um mês.

Segundo a CHESF, o impacto ambiental com a construção foi de apenas 30%.

O imenso paredão foi construído e fortificado apenas com pedra e argila!

Canindé é destruída para a construção da hidrelétrica de Xingó.
Um dos grandes impactos provocados pela construção da usina hidrelétrica de xingó, foi à demolição da cidade de Canindé para que a hidrelétrica fosse erguida, a qual se tornaria a segunda maior do país.
E com o início dessa construção, a população ribeirinha, foi dirigida a se descolar da região em que viviam, pois essa área era considerada área de risco. Devido às explosões necessárias para a construção da hidrelétrica mudando o curso natural do rio, existindo o risco de inundações até a estabilização do projeto.
Além dos impactos ambientais, ocorreu o desaparecimento de alguns trechos do rio, por onde passava antes do seu desvio, diminuindo o nível do rio e matando animais nativos da região, na qual modificou também a flora.
Após 14 anos de construção da hidrelétrica, a nova Canindé enriqueceu, enquanto, a população da antiga cidade perdeu sua cultura e ficou cada vez mais pobre.
Paredões rochosos com mais de 60 milhões de anos brotam das águas cristalinas do lago, formado com a construção da barragem no Rio São Francisco. Com apenas 21 mil km², Sergipe, o menor Estado do País, oferece cenários paradisíacos a um número cada vez maior de turistas do Brasil e do exterior.
A região é visitada por turistas interessados em praticar esportes radicais, observar a fauna e navegar por entre as rochas que circundam o lago, que em alguns pontos chega a ter 170 metros de profundidade.
Os passeios de catamarã e escuna são os preferidos dos turistas, mas a visitação ao mirante, ao museu de Xingó e à usina hidrelétrica também estão entre os mais populares.

Texto: http://www.festlojas.com/xingo.htm>

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